Conhecimento, inovação e conexão são as palavras-chaves para construir um trabalho musical. Com este mantra, o projeto RS Music Lab, em parceria com o programa Natura Musical, chega como uma plataforma de impulso para o cenário criativo do Rio Grande do Sul. Proporcionando uma imersão no mercado musical, a iniciativa selecionará cinco artistas e 15 agentes culturais gaúchos para uma vivência teórica e prática sobre o setor e seus caminhos possíveis durante o isolamento social. As inscrições para o edital serão abertas nesta sexta-feira, 17 de julho.

Segundo um dos idealizadores, o produtor Paulo Zé Barcellos, o RS Music Lab nasceu da necessidade de capacitação da cena gaúcha na área e da criação de conexões mais fortes com o mercado nacional do setor. “Já tínhamos muito a construir e conectar. Agora com a questão da pandemia, todo o setor está passando por uma grande transformação. Teremos a oportunidade única de proporcionar este laboratório musical para co-criar soluções inovadoras, desenvolvendo ferramentas e fortalecendo redes permanentes de desenvolvimento desta cadeia.”, afirma Paulo.

A imersão será feita em três etapas. A primeira, batizada como “capacitação”, terá workshops virtuais com temas como produção musical, produção audiovisual, elaboração de projetos, produção de eventos, comunicação e conteúdo digital e streaming e plataformas digitais de música. Na segunda etapa, conhecida como “criatividade e estratégias”, o grupo aplicará o aprendizado dos workshops, realizando a produção musical e audiovisual de um single/clipe para cada banda participante e fará o planejamento do lançamento desse conteúdo. Em “criação de rede”, último estágio da imersão, haverá uma conferência virtual com rodadas de negócios, lançamento do EP com os singles/clipes dos artistas do projeto e alguns showcases.

O RS Music Lab foi selecionado por Natura Musical, por meio da lei estadual de incentivo à cultura do Rio Grande do Sul (Pró-Cultura), ao lado de Vitor Ramil, Zudizilla, Tagua Tagua e Tem Preto no Sul, por exemplo. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para 30 projetos até 2019, como Filipe Catto, Bloco da Laje, Borguetti e Yamandu, Musa Híbrida, Sons que Vem da Serra e Thiago Ramil.

“O futuro que queremos construir é coletivo. Ele passa por momentos de tensão, mas, com a música, somos capazes de chegar a um lugar comum, respeitando a diversidade. Os artistas, bandas e projetos de fomento à cena selecionados por Natura Musical trazem a mensagem de que o futuro pode ser mais bonito com a música e com envolvimento de cada um de nós”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.