O projeto Natura Musical anunciou os 41 selecionados do edital 2020. Entre eles, há nomes de peso (Elza Soares, João Donato e Riachão), artistas contemporâneos (Emicida e Letrux) e emergentes (como o rapper Zudizilla e as cantoras Jadsa e Liège). Ao todo, são R$ 5,4 milhões em patrocínio (gravação de CD, turnês, casas de cultura, projetos de educação musical etc).

Em Minas, o documentário “Essas Mina é Zica”, que visa mostrar a realidade de seis mulheres rappers, foi um dos selecionados, assim como a artista Sara Não Tem Nome (foto), a banda Azul Flamingo, Bemti e os projetos Música no Mundo, Malta e StereoLab.

O projeto tem um time de curadores de 22 pessoas da indústria da música, que selecionaram os escolhidos a partir de uma lista de 2.647 inscritos, do Brasil inteiro. Este ano, o Natura Musical conta com apoio das leis de incentivo nacional e da Bahia, de Minas Gerais, do Pará e Rio Grande do Sul – Estados com projetos locais selecionados.

Na categoria nacional, o recém-lançado disco de Elza Soares, “Planeta Fome”, vai virar DVD, Emicida vai fazer turnê nacional do novo “AmarElo” e os 15 anos do grupo Ilu Obá de Min, de São Paulo, serão comemorados com álbum, show e curta-metragem, entre outros projetos.

Da Bahia, Russo Passapusso, vocalista do Baiana System, junta-se à veterana dupla Antônio Carlos e Jocafi para lançar um álbum, que está sendo produzido há 3 anos. No Pará, o Circuito Mangueirosa vai montar uma programação gratuita nas ruas de Belém.

E do Rio Grande, o coletivo Tem Preto no Sul deve lançar um documentário sobre a produção dos artistas da residência.

Segundo a gerente de Marketing Institucional da Natura, Fernanda Paiva, o objetivo da marca com o projeto – que chega aos 15 anos em 2020 – é ter uma percepção de público de compreender a importância da cultura na sociedade e ter seu nome associado a isso. “O Natura Musical influencia na economia criativa de todo o mercado, unindo as diversas experiências de todos os envolvidos nos projetos, bem como dos curadores”, explica.

Há três anos, o projeto também investe em uma equipe de curadores mais diversa. “Isso se reflete no resultado dos projetos, que se abrem para um escopo maior”, diz Fernanda.